sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Brasil, um país malandrão


Alô alô Teresinha!!! Depois de um longo período de desgraças ocorrendo como provas e recuperações, aqui estou, firme e forte pra mais uma maratona de posts. Bem a tempo de fechar o ano! Mas vamos ao que interessa...

Brasil, o país da sacanagem, do carnaval, das belas mulheres semi-peladas em plena Copacabana, das músicas e piadas recheadas de palavrões. O brasileiro se acha super liberal, né não? Ele se acha malandrão por ter gente trajando apenas um tapa-sexo na Sapucaí.

Pois você, brasileiro liberal, está completamente enganado. Você está enganado quando diz que os americanos e europeus são pudicos demais. Sabe por quê? Porque em nossas novelas não aparece nudez, ninguém fala palavrão, mal vemos sangue e a temática é sempre a mesma coisa melosa que se repete desde os anos 60.

E lá fora? Lá fora não. Eles têm seriados onde 9 em cada 10 palavras são xingamentos, eles mostram temas que fogem dos clichês, eles mostram o sexo como ele é. O sexo é pelado! O sexo não usa sutien, calcinha e cueca. As pessoas falam palavrões, elas não martelam o dedo sem querer de dizem: Ó! Puxa vida! Que infortúnio!

Nossos programas de TV não retratam a natureza humana. Eles retratam uma utopia onde todos os impulsos são restringidos e isso é errado.

Finalizando, até nas legendas a censura está presente. Quando alguém diz "Fuck" a legenda diz "Droga" e por aí vai. Disse e repito: o Brasil é hipócrita.

P.S.: Pessoal, a partir de janeiro eu vou começar um novo blog pra divulgar meus contos, poemas, ensaios e o diabo a quatro, mas vou tentar me manter nesse daqui também.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hipocrisia Musical


Eu sou quase um admirador-mirim da boa música brasileira: Chico Buarque, Raul Seixas, Os Mutantes, até um pouco de Legião e Cazuza.

Há tempos que percebo, nas letras, várias críticas ao capitalismo, à acumulação de capital - a pessoas ricas, em geral. Pra mim isso é certamente engraçado: Chico vem de uma família bem rica, que até morou na Itália, porque ele decidiu lecionar lá; Renato Russo também vem de uma família abonada, seu pai era um figurão do Banco do Brasil e até foi trabalhar nos EUA pelo Banco; já Cazuza, outro "rapaz" que criticava o burguês brasileiro, tinha um papai que era dono da Som Livre.


Estão vendo um padrão? Garotinhos ricos, criticando sempre as pessoas que também são ricas? Eu acho que é bem fácil criticar a riqueza com a barriga cheia, não é?


Mas não são apenas eles, a maioria esmagadora de defensores do Comunismo é rica (
até os pais do Comunismo eram "riquinhos", os senhores Marx e Engels), sem QUALQUER problema monetário e parece até estar a fim de perder os privilégios, aquilo que os pais/avós super capitalistas conseguiram juntar com muito suor e dedicação.

Dá até vontade de párar de ouvir essas pessoas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Como assem?

O assunto da minha discórdia agora é que as pessoas pararam de ler essa bosta. Qualé? Vocês leram isso durante um ano inteiro, comentando e o caralho a quatro. Voltem a fazer isso, caso contrário, pra que escrever já que ninguém lê?

Gente, esse blog é sobre a discórdia, sem alguém pra ler, não podemos mostrar o quão enfurecidos estamos e não podemos TENTAR dar um jeito no mundo. Todos nós aqui sabemos que, as coisas que as pessoas lêem aqui são de alguma forma, comentadas, pelo menos com alguém.

É isso. :)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Futuro sem esperança


Há um novo filme de Bruce Willis em cartaz: Substitutos. O filme é sobre o futuro, onde as pessoas são literalmente substituídas por robôs, que saem na rua pelos humanos.

12 anos atrás (1997, para os leigos), Willis fez um outro filme futurista "O Quinto Elemento". Não sei sobre o novo longa-metragem, mas o filme de 1997 foi bom, apesar das elocubrações (sexo por máquinas, uma mulher que é mutante e um quinto elemento de algo muito importante ao mesmo tempo etc.) muito puxadas.

Eu não sei vocês, mas se o futuro for como nos filmes de Bruce Willis, eu quero morrer antes do ano 2050.

No filme "O Quinto Elemento", a personagem de Willis é privada de fazer sexo, já que o sexo "primordial", vamos assim chamar, foi substituído por um aparelho que é ligado ao cérebro e que representa os prazeres do mesmo. Há também uma cena que Willis pega um cigarro, que tem cerca de 2/3 de seu corpo composto pelo filtro.

Nesse mais recente, as pessoas não saem de casa. E sinceramente, eu gosto muito sair de casa, fico até um pouco irritado quando não o faço. Se pudesse, sairia todos os dias da semana. Mas pelo menos nesse longa, é demonstrado que ser substituído por um robô não ajuda, já que as pessoas morrem assim mesmo.

Bruce, por favor, tente fazer filmes onde o futuro é algo bacana, não o contrário.

PS: Alguém aqui já viu algum tipo de mídia que fala bem do futuro, sem ser os Jetsons? Se sim, por favor comente aqui embaixo nas desavenças.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Movimento Sem-Testa


Quem nunca viu notícias do MST na TV ou no jornal? Hoje, saiu no Jornal Nacional (tudo bem que não é lá o jornal mais confiável de tooooodos, mas serve pra alguma coisa..) um grupo de sem-terras que invadiu uma fazenda no interior.

Nesse caso, os sem-terras invadiram a fazenda com um trator e destruiram mais ou menos 5 mil laranjeiras. Sinceramente isso é enfadonho, grotesco, ridículo - me dá nojo.


Quem tem tão pouco cérebro que não consegue ligar que a propriedade do outro é DO OUTRO? Que o infeliz paga os impostos necessários pela terra, planta nela e tem TODOS os gastos? Que tem gente que trabalha lá, com a plantação do infeliz?


Ah! Fala sério, a culpa não é do Sr. Fazendeiro, se os pequenos e coitadinhos dos trabalhadores rurais nasceram sem dinheiro pra comprar a sua própria fazenda. Agora, porque eles têm que invadir a propriedade do Sr. Fazendeiro?

RIDÍCULO. Comunistas malditos.

sábado, 26 de setembro de 2009

J. D. e Eu

Há um tempo que leio uma passagem do livro O Apanhador no Campo de Centeio (Salinger, 1951) e me divirto muito. Basicamente, ela fala sobre o tipo mais irritante de homens que há, e que no final das contas, eles é que vão se casar com as mulheres mais bonitas, aquelas pelas quais todos os outros se apaixonam.

"Cheguei cedo demais e, por isso, me sentei em um daqueles sofás de couro [...]. Era uma paisagem interessante. De certo modo, também era meio deprimente, porque a gente ficava pensando no que ia acontecer com todas elas [...]. A maioria ia provavelmente casar-se com uns bobalhões. Esses sujeitos que vivem dizendo quantos quilômetros fazem com um litro de gasolina. Sujeitos que ficam doentes de raiva, igualzinho a umas crianças, se perdem no golfe ou até mesmo num jogo besta como pingue-pongue. Sujeitos que são um bocado perversos. Sujeitos que nunca na vida abriram um livro. Sujeitos chatos pra burro." - pág. 122.

Eu concordo com o velho e desgostoso J. D. Salinger de cabo à rabo - pelo menos nessa passagem, que é genial.

O livro foi escrito em 1951, porém será que os homens ridículos não mudaram, mesmo 58 anos depois?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Código De Niro

Robert De Niro é um ator do caralho, de fato, mas ele tem um sério problema com personagens.

Tudo começou com Quase, Quase uma Máfia onde Robert Mario De Niro Jr. interpreta um falso padre que sai por aí roubando.

Aí ele fez o pai dos mafiosos cinematrogáficos, Vito Corleone, no Poderoso Chefão II.

Depois disso ele interpreta brilhantemente o Al Capone n'Os Intocáveis, até parecia um mafioso de verdade.

E n'Os Bons Companheiros ele é um quase-mafioso que só é quase por ser meio irlandês, tadinho.

Ele continua no Cabo do Medo, onde é um estuprador que quer se vingar do advogado pelos "meios legais", coisa de mafioso.

Ele faz outro bad guy no Fogo Contra Fogo, onde combate o Al Pacino, que por sua vez é outro mafioso de carteirinha.

De Niro seguiu sua carreira de mafioso, digo, ator com Jackie Brown, filme bom, mas fraco do Tarantino, onde ele é o parceiro de um traficante de armas, mais máfia...

E o que Roberto fez depois? A Máfia no Divã, uma comédia onde ele interpreta sabe o quê? Um mafioso! Pasmem!

E n'A Cartada Final? Ele também tá nesse filme, adivinha o papel dele... ISSO! MA-FI-O-SO!

Aí ele continuou no divã com a Máfia Volta Ao Divã, que eu acho que dispensa comentários

Tá legal, ele é italiano, tem cara de durão, mas nos filmes que ele não faz um mafioso, ele faz um um detetive ou policial casca grossa que caça os mafiosos. Vamos, Bob, eu sei que você é capaz de fazer coisa melhor!

sábado, 5 de setembro de 2009

Antes Tarde Do Que Nunca


Miley Cyrus revela que está desapontada com lançamento de seu novo EP

Sei exatamente como ela se sente, assim que ela lançou o primeiro disco eu fiquei desapontado também. Continue tirando fotos "provocantes", Miley, será uma contribuição muito mais significativa para o mundo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vamos fazer compras?


Hoje, estava eu, estudando música na casa do meu professor, quando bato olho em um jornal. Quase morri de desgosto com a mais nova irritante falta do que fazer que o mundo produziu: Uma categoria de corrida de CARRINHOS DE SUPERMERCADO motorizados, ou como o próprio jornal se referiu, "turbinados".

Porra, essas pessoas não poderiam estar trabalhando em algum projeto mais interessante e mais ÚTIL do que esse, como por exemplo um carro movido a ar? Ou melhor, algo que seja REALMENTE usável no dia-a-dia?


Façameufavor!

O meu descontentamento com essa inutilidade e com esse ócio (como diria meu querido companheiro de blog, Raphão) não poderia ser expressado nesse post, nem que ficasse aqui escrevendo por dias e xingando até minha mãe, por ter me posto no mundo, para que eu visse essas coisas ridículas.

PS: ainda mais que essas "corridas" nem são disputadas por pilotos de verdade, e sim por gente do naipe de Otávio Mesquita e Ricardo Mansour.

domingo, 23 de agosto de 2009

Alô? Tudo bom?


Às vezes, as pessoas me ligam e eu não atendo. Depois, elas me perguntam: "Por que não atendeu o meu telefonema?". É uma puta encheção de saco. Será que eu preciso atender todos os telefonemas? Será que eu preciso sair correndo pra tirar o telefone do gancho todas as vezes que ele toca?

A resposta é simples: NÃO. E o pior, muitas dessas vezes que me ligam, é pra dizer coisas idiotas, de "Ronaldo!" (ah, cá entre nós, quem nunca recebeu uma ligação dessas?) para baixo, e se eu não atendo, é o escândalo do mês.


Mas o mais legal dessa história toda, é que quando sou eu o que faz a ligação e não me atendem, eu não posso falar nada, pois todos vem me falar que eu sou inconveniente ou algo que o valha.


Quero um dia conhecer o inventor do telefone e o inventor das boas-maneiras da sociedade, para dar um soco e tentar entendê-lo, respectivamente.

Sem-vida


Essa semana, cá estava eu em casa, dando uma olhada na internet, em busca de novos assuntos para posts - eu achei um bem interessante.

Havia uma notícia no Terra, falando sobre alguma famosa da vida. Na notícia, falava-se em tom absurdo sobre o fato da mesma ter saído de casa sem maquiagem!

Agora, eu penso sozinho: "De que isso importa?". Quantas mulheres saem de casa sem maquiagem TODOS os dias, e nós homens não falamos nada? E quantas outras, todos nós, - homens e mulheres - zoamos todos os dias, porque saem de casa CHEIAS de maquiagem para irem ao colégio? Qual é o problema nisso?

Fora que quem lê essas notícias, se interessa por elas e fica abismado junto com o repórter, mostra que não tem vida. Além de não viver, e precisar viver pelos outros, fica abismado com um acontecimento de tamanha insignificância.

Que tal vocês começarem a viver as suas vidas em vez das dos outros?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pausa para o trabalho

O recomeço das aulas não está sendo tranquilo, tenho prova já no próximo sábado e uma porrada de trabalho pra entregar. Isso tudo somado ao fato de que me envolvi num projeto de um curta-metragem baseado num conto meu e vou ter trabalho pra burro começando com o roteiro.

Mas juro que vou tentar aparecer aqui e dar uma atualizada de vez em quando.

P.S.: Obrigado a todos, já passamos das 2000 visitas.

Ócio dos Zumbis


Um cara nasce no Canadá, um tal de Robert Smith? (com interrogação no nome, pra dizer que não é o vocal do The Cure), ele estuda durante anos a fio e se torna um renomado cientista de uma das maiores universidades do seu país e depois?

Simples, depois ele desenvolve um estudo que calcula chances de sobrevivência em caso de ataques de zumbis! Meu! Que foda! Agora eu sei exatamente o que fazer quando os zumbis vierem comer meu cérebro.

Mas falando sério, ao invés dos caras (sim, mais de um, ele tinha uma EQUIPE pra fazer os cálculos) estudarem as chances de sobrevivência num ataque zumbi, eles deveriam estudar as chances de acontecer um ataque zumbi. E nem precisa de PhD pra isso, eu mesmo digo, olha: ze-ro.

Bom, se alguém duvida, clica aqui pra ver a notícia na íntegra.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vai tomar no cult

Eu leio. Leio pra caralho. Bukowski, Mario Prata, Oscar Wilde, Irvine Welsh, Kerouac, etc. Mas não é por isso que vou ser chamado de Cult. Vai tomar no cult. Eu leio por prazer, eu não saio andando com o On The Road na rua pra mostrar que sou intelectual. Não sou.

Cansei. É. Cansei. Cansei de ver neguinho com boina, óculos de armação grossa e barbicha andando por aí, o nome mesmo já diz barBICHA. E essas meninas que dizem ver filmes iranianos e ouvem Mallu Magalhães? Que porra é essa?

Essa raça não só gosta de certas bandas como os reverencia. Eu não consigo discutir música com um fã pseudo-cult de Los Hermanos, por exemplo. Nada contra a banda, os fãs é que devem ser exterminados. Eu xinguei a Mallu Magalhães perto de um grupo de fãs uma vez e quase fui esfolado por meninas usando macacões de jardineiro e all stars de cores diferentes.

Aí você tenta falar de literatura com essas pessoas, mas elas não vão muito além de Harry Potter e Crepúsculo (E vocês achando que eu ia esquecer do Crepúsculo... tsc tsc tsc). Isso me faz pensar que Cult deixou de ser um adjetivo que denomina intelectuais, agora é uma tribo de pseudo-pensadores que compensa sua estupidez com uma imagem de inteligente.

Mas essas pessoas se mostram cada vez mais o que elas criticam: Burras.

Pra finalizar, estampo aqui uma crônica do genial Adolar Gangorra que concorda plenamente comigo (é grande, mas vale a pena ler até o fim):

COMO ME FUDI NO SHOW DO LOS HERMANOS

Voltei para o Brasil há pouco tempo. Vivia com minha família na Inglaterra desde garoto. Estou morando no Rio de Janeiro há uns três meses e agora estou começando a me enturmar na Universidade. Não sei de muita coisa do que está rolando por aqui, então estou querendo entrar em contato com gente nova e saber o que tá acontecendo no meu país e, principalmente, entrar em bastante contato umas garotas legais, né?

Mas foi meio por acaso que eu conheci uma menina maneiríssima chamada Tainá. Diferente esse nome, hein? Nunca tinha ouvido. Estava procurando desesperadamente um banheiro no campus quando vi uma porta que parecia ser a de um. Na verdade, era o C.A. da Antropologia. A garota já foi logo me perguntando se eu queria me registrar em algum movimento estudantil de sei lá o que. Que bacana! Que politizada ela era! E continuou a me explicar a importância de eu me conscientizar enquanto enrolava em beque da grossura de uma garrafa térmica. Pensei em dizer que estava precisando cagar muito rápido, mas ela era tão gata que eu falei que sim. Tainá: cabelos pretos, baixinha e com uma estrutura rabial nota dez... Aí, acho que ela me deu um certo mole... Conversa vai, conversa vem, ela me chamou para um show de uma banda naquela noite que eu nunca tinha ouvido falar: Loser Manos. Nome engraçado esse! Estava fazendo uma força sobre-humana para manter a moréia dentro da caverna, mas realmente tava foda. Continuamos conversando e rindo. Ela riu até bastante, mas eu, na verdade, tava era mesmo rilhando os dentes porque assim ficava mais fácil disfarçar as contrações faciais que eu estava tendo ao travar o meu cu para não cagar ali mesmo na frente dela.

Pensando bem, eu tinha ouvido falar sim alguma coisa sobre essa banda lá na Europa ainda, mas não lembro bem o quê. Ah, acho que vi esses caras hoje no noticiário local dando uma entrevista. Achei que fosse uma banda de crentes tradicionalistas tipo Amish.Todos de barba, com umas roupas meio fudidas. Parecia até a Família Buscapé! Dão a impressão de ser uns sujeitos legais, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o jeito da repórter, como se fosse a fã nº 1 deles, como se estivesse cobrindo a volta do Beatles ou coisa parecida. Não entendi esse jeito "vibrão" de trabalhar. Bom, mas se eu conseguir ficar com o bicho bom da Tainá hoje à noite, já tô no lucro! Marcamos de nos encontrar na entrada do ginásio. Rapaz, acho que tô dando sorte aqui no Brasil!

Ia ser fácil achar essa garota no meio da multidão. Ela se veste de uma maneira estilosa, diferente, bem individual: sandália de dedo, saia indiana, camiseta de alça, uma bolsa a tiracolo e o mais interessante: um óculos retangular, de armação escura e grossa, engraçado até! Depois de uns mil "Desculpe, achei que você fosse uma amiga minha.", finalmente encontrei Tainá e seu grupo de amigos. Cacete, isso sim é que é moda! Parecia uniforme de escola!

Ela me apresentou suas amigas, Janaína e Ana Clara e seus respectivos namorados, Francisco e Bento. Uma mistura de fazendeiros com intelectuais. Um cara de macacão, de sandália de pneu e com ar professoral. Outro de colete, tênis adidas, óculos e também com ar professoral. Pareciam ser legais, "do bem" como eles mesmo falam... Mas que não me deram muita conversa. "Do bem", isso mesmo! Gíria nova... Todos aqui são "do bem". E que nomes tão simples e idílicos! Janaína, Ana Clara, Francisco, Bento e Tainá. Nada de Rogérios ou Robertos. E eu que já tava me sentindo meio culpado por me chamar Washington... Realmente estava no meio de uma nova época da juventude universitária brasileira!

Comecei a conversar com a Tainá antes que a banda entrasse no palco. Aí... acho que tá rolando uma condição até! Quem sabe posso me dar bem hoje? Ela começou a falar de música: "De quem você é fã?", perguntou. Pô, eu me amarro no George..." Ela imediatamente me interrompeu, dizendo alto: "Seu Jorge? Eu também amo o Seu Jorge!" Puxa, que legal! Ela gosta tanto do George Harrison que se refere a ele com uma intimidade única! Chama ele de "Seu"! Seu Jorge! Isso é que é fã! "Legal você já conhecer ele, hein? Eu sabia que ele ia se dar bem na Europa! O Seu Jorge é um gênio!", ela emendou. Pô, eu morava na Inglaterra. Como eu não ia conhecer o George Harrison?
Essa eu não entendi...
Logo ela perguntou quais bandas que eu gostava. "Eu curtia aquela banda da Bahia...".
"Ah, Os Novos Baianos, né?? Adoro também!" "Não, Camisa de Vênus! "Silvia! Piranha!" cantei, rindo. A cara que ela fez foi de quem tinha bebido um balde de suco de limão com sal. Senti que ela não gostou muito da piada. Tentei consertar: "Achava eles engraçados, mas era coisa de moleque mesmo, sabe?" Óbvio que não funcionou... Aí, acho que dei um fora...

Depois, Tainá foi me explicando que o tal Loser Manos é a melhor banda do Brasil, etc., etc., etc., e que eles "promovem um resgate da boa música brasileira". "Tipo Os Raimundos com o forró?", perguntei. "Claro que não!", disse ela meio exaltada! Ela me falou que não se pode comparar os Hermanos com nada porque "eles são únicos", apesar de hoje existirem outros excelentes artistas já reverenciados pela mídia do Rio de Janeiro como Pedro Luis e a Parede, Paulinho Moska, O Rappa, Ed Motta, Orquestra Imperial, Max de Castro, Simoninha e Farofa Carioca. Ela mencionou também "Marginalia" ou coisa parecida. Foi isso mesmo que eu ouvi? Achei que ela estivesse elogiando eles... Esses foram os nomes artísticos mais escrotos que já tinha ouvido, mas fiquei quieto. Fico feliz em saber sobre essa nova onda musical pois quando saí do Brasil o que fazia sucesso no Rio era Neuzinha Brizola e seu hit "Mintchura". Ainda bem que tudo mudou, né?

Só depois percebi que o nome da banda é em espanhol: Los Hermanos. Ah bom! Mas se eles são tão brasileiros assim porque não se chamam "Os Irmãos"? Quando saí daqui os nomes de muitas bandas costumavam ser em inglês e até em latim. Ainda bem que essa moda de nomes de bandas em espanhol não pegou no Brasil!

Pelo que me lembro, ao explicar qual é a dos "Hermanos", ela usou a expressão "do bem" umas 37 vezes e disse que eles falam de romantismo, lirismo, samba e circo. Legal, mas circo? Pô, circo é foda! Uma tradição solidificada nos tempos medievais que ganha dinheiro maltratando animais. Onde está a poesia de ver um urso acorrentado pelo pescoço tentando se equilibrar miseravelmente em cima de uma bola enquanto é puxado por um cara com um chicote na mão? Rá, rá, rá... Engraçado pra caralho! Na boa, circo é meio deprimente. Palhaço de circo só troca tapão na cara e espirra água nos olhos dos outros com flor de lapela e quando sai do picadeiro, vai chorar no camarim. Que merda! A única coisa legal no circo mesmo é quando ele pega fogo! Isso sim que é um espetáculo de verdade! Aquela correria toda, etc. Senti que essa galera se amarra em circo. Não faz sentido se eles são tão politicamente corretos assim, né? E os pobres animais? E eu querendo não passar em branco na conversa com a Tainá, mas não conseguia lembrar de jeito nenhum a única coisa que eu sabia sobre a banda... Cacete...! O que era mesmo?

De repente, uma gritaria histérica! O show tava começando! O ginásio veio a baixo! Perguntei pra ela: "Eles são todo irmãos, né, tipo o Hanson?" Ela disse um "não" esquisito, como se eu tivesse debochando. Todos eles usam uma barba no estilo Velho Testamento e se chamam "Los Hermanos"! O que ela queria que eu pensasse? Após ouvir a primeira música deu pra ver que os caras são profissionais mesmo, tocam muito bem e são completamente idolatrados pelo público, para dizer o mínimo. Fiquei prestando atenção ao show. Pô, as músicas são boas! Dá pra ver uma influência de Weezer, Beatles e Chico Buarque. Esse aí é fodão, excelente compositor mesmo. Lá na Inglaterra conhecia uns caras que eram ligados ao movimento "Dark", como chamam por aqui. São os sujeitos que gostam de The Cure, Bauhaus, Sister of Mercy, etc. E tem a maior galera aqui no Brasil também que se veste de preto, não toma sol, curte um pessimismo niilista e se amarra nessas bandas. Mas se eles sacassem que o Chico Buarque é o genuíno artista "Dark" brasileiro... Pô, é só ouvir as músicas dele pra perceber: "Morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego" ou "O tempo passou na janela é só Carolina não viu". "Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue" ou "Taca pedra na Geni, taca bosta na Geni, ela é boa pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni". Tudo alegrão, né? Aí, se eu fosse dark, só ia ouvir Chico Buarque, brother!
Tentei reengatar a conversa dizendo que achava ao baixista o melhor músico dos Los Hermanos. Ela respondeu, meio irritada: "Mas ele não é da banda!" Como eu ia saber? O cara tem barba também! Aí, não tô entendendo mais nada...

Adiante, ela me disse que o cara que ela mais gostava na banda era um tal de Almirante. Depois de alguns minutos deu pra ver que o camarada imita um pouco os trejeitos do Paul McCartney, só que em altíssima rotação. Ele fica se contorcendo feito um maluco enquanto os outros ficam estáticos. É engraçado até! Parece que ele tem uma micose num lugar difícil de coçar! E fica falando e rindo direto. Ele é o irmão gaiato do cara que canta a maioria das músicas, o tal de Marcelo Campelo, como anunciaram no noticiário local hoje. Isso mesmo, Marcelo e Almirante Campelo: "Os Irmãos"! Legal! Já tava me inteirando! Ah, e tem também dois gordinhos de barba que estão lá também, mas devem ser filhos de outro casamento...

Tava um calor desgraçado, coisa que eu realmente não estou mais acostumado. Fui rapidão ao bar pra beber alguma coisa. Comprei umas quatro latas de refrigerante que era o único troço que tava gelado para oferecer para meus novos amigos: "Aí, trouxe umas coca-colas pra vocês!" Ouvi a seguinte resposta: "Coca-Cola? Isso é muito imperialista... Guaraná é que é brasileiro!" Puxa, que pessoal politizado... Isso mesmo, viva o Brasil! "Yankees, go home", rá, rá! Outro fora que eu dei! Mas, pensando bem, eles não usam o Windows e o Word pra fazer trabalhos da universidade? Ou usam o "Janelas"? Dessas coisas gringas não é tão mole de abrir mão, né? Mais fácil não tomar Coca-Cola! Isso sim que é ativismo estudantil consciente! Posicionamentos políticos à parte, tava quente pra burro, então bebi tudo sob o olhar meio atravessado de todos eles... fazer o quê?

Lá pelas tantas, começou uma música e todo mundo berrou e pulou. Parecia o fim do mundo. Logo nos primeiros acordes, reconheci o som e falei pra Tainá: "Ah, eu sei o que é isso! É um cover do Weezer! Me amarro em Weezer!" Ela olhou pra mim com uma cara indignada e disse: "Que Weezer o quê? O nome dessa música é "Cara Estranho". Já vi que não gostou de novo... Mas quem sou eu pra dizer algum coisa aqui, né? Porra, mas que parece, parece! Mas o que era mesmo que eu não consigo lembrar de jeito nenhum sobre eles? Acho que conheço alguma outra música deles... Só não consigo dizer qual...

Sabia que se eu quisesse me dar bem logo com a Tainá teria que ser entre uma música e outra pois parecia que ela estava vendo um disco voador pousar enquanto os caras tocavam. Resolvi fazer uma piada pra descontrair, que sempre rola em shows. Quando o Campelo tava falando alguma coisa qualquer, berrei: "Filha da putaaaaaaaaaa!" Pra que? Tainá e sua milícia hermanista me deram uma cutucada monstra na costela que me fez enxergar em preto e branco uns 5 minutos! Pô, todo show alguém grita isso! É quase uma tradição até! Eu me amarro no cara! E é só uma piada! Aí, esse pessoal leva tudo muito a sério! Caralho... Pensei em pegar uma camisinha da minha carteira e fazer um balão e jogar pra cima, como rola em todo show, pra mostrar pra Tainá que eu sou uma cara consciente, tipo: "Aí, Tainazão, se tu se animar, eu tô preparado!", mas depois dessa vi que senso de humor não é o forte dessa galera...

O tempo tava passando e nada de eu ficar com minha nova amiguinha. Quando fui tentar falar uma coisa no ouvido dela, foi o exato momento em que começou uma outra música. Foi aí que a louca deu um grito e um pulão tão altos que eu levei uma cabeçada violenta bem no meio do meu queixo! Ela não sentiu nada, óbvio, pois estava em transe hipnótico só por causa de uma canção sobre a beleza de ser palhaço ou lirismo do samba ou qualquer outra coisa do gênero. A porrada foi tão forte que eu mordi um pedaço da língua. Minha boca encheu d´água e sangue na hora! Enquanto eu lutava pra não desmaiar, instintivamente enfiei a manga da minha camisa na boca pra estancar o sangue e não cuspir tudo em cima de Ana Claudia e Jandaína or something. Só que estava tão tonto com a cabeçada que tive que me segurar em uma ou outra pessoa pra não cair duro no chão. Foi quando ouvi: "Nossa, que horror! Lança-perfume! Esse playboy tá doidão de lança! Que decadência..." Lança-perfume? Cara, lógico que não! E mesmo que tivesse, todo show tem isso! Mas nesse, não pode. É "do bem". É feio ter alguém cheirando loló!! Pô, todo show que eu fui na vida tinha alguém movido a clorofórmio. Aqui, não. Rapaz, onde fui me meter?

Babei na minha camisa até o ponto dela ficar ensopada! Fui ao banheiro tentar me recuperar do cacete que tomei. Lavei o rosto e tirei a camisa. Quando voltava passei por uma galera e ouvi resmungarem alguma coisa do tipo: "...e esse mala aí sem camisa..." Porque não se pode tirar a camisa num show? Isso aqui não é só uma apresentação de uma banda? Parecia que eu ainda estava na Europa! Regulões do caralho... E, afinal, o que significa "mala"?

Estava enxergando tudo embaçado e notei que minhas lentes de contato tinham saltado pra longe com a cabeça-aríete de Tainá e esmagadas por centenas de sandálias de dedo. Lembrei que sempre levo um par de lentes extras no bolso. É uma parada moderna que eu achei lá em Londres. Um estojo ultrafino com uma película de silicone transparente dentro que mantém as lentes umedecidas e prontas para uso. Abri o estojo e peguei cuidadosamente a película com as duas mãos e elevei-a contra a luz para conseguir achar as lentes. Estiquei os polegares e indicadores, encostando uns nos outros, para abrir a película entre esses dedos. Balançava o negócio levemente, de um lado para o outro, contra a pouca luz que vinha do palco para conseguir localizar as lentes. Não estava enxergando nada direito! Quando tava lá com as mãos pra cima, fazendo uma força absurda pra achar as lentes, um dos caras legais com nomes simples, me deu um puta safanão no ombro. É claro que o silicone voou longe também... Caralho, minhas lentes! Custaram uma fortuna! Que filho da puta! "Que sinal é esse que tu fazendo aí, meu irmão? Tá desrespeitando as meninas?"
"Que sinal?? Que sinal??", respondi, assustado!
"De buceta, palhaço!", apertando o meu braço que nem um aparelho de pressão desregulado. "Você tá no show do Los Hermanos, ouviu? Los Hermanos! Ninguém faz sinal de buceta em um show do Los Hermanos, sacou?", gritou o tal hipponga na minha cara.

Que viado, eu não tava fazendo nada! Parecia uma freira de colégio! Que lance é essa de buceta? Da onde esse prego tirou isso? As meninas... (Perái! Menina? A mais nova aí tem uns 25!) ficaram me olhando com a cara mais escrota do mundo! A essa altura, já tinha percebido que não ia agarrar a Tainá nem que eu fosse o próprio Caetano Veloso! "Bento", que nome mais ridículo... Isso aqui é um show ou uma reunião de alguma seita messiânica escolhida para repovoar a Terra?

Caramba, que noite infernal! Tava com a língua sangrando, sem enxergar direito, só de calça, arrotando sem parar e puto da vida porque só tinha aceitado vir aqui por causa de mulher. Estava no meu limite. Isso era um show ou uma convenção do Santo Daime? Que patrulhamento! E, de repente, vejo Tainá e seus amigos olhando feio pra mim e cantando a seguinte frase: "Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?" Aí foi demais! Eu me atrevo: Ritmo, melodia e harmonia. Pronto, só isso! Mais nada! Olha só: foda-se o samba, foda-se o circo, foda-se a obsessão por barba da família Campelo e, principalmente, foda-se essa galera "do bem" que está aqui!

Apesar de tudo, a banda é realmente é muito boa! O que incomoda mesmo é esse público metido a politicamente correto e patrulhador e a imprensa que força a barra pra vender alguma imagem hipertrofiada do que rola de verdade. Esse climão de festival antigo de música popular brasileira, daqueles com imagens em preto e branco, com todo mundo participando, que volta e meia reprisam na tv, tudo lindo e maravilhoso. "Puxa vida, um novo movimento musical brasileiro!"? "Estamos realmente resgatando a nossa cultura!" ? Que exagero... Ei, é só música pop! MÚSICA POP!

Caralho, finalmente lembrei! Eu conheço uma música deles! Ouvi em Londres! Numa última tentativa de salvar meu filme com Tainá, na hora do bis, berrei bem alto: "TOCA ANA JULIA!" Só acordei no hospital. Tomei tanta porrada que vou ter que fazer uma plástica pra tirar as marcas de pneu da minha cara! Fui pisoteado! Neguinho ficou puto! Qual é o problema com essa música? Me lembro de estar sendo chutado pela elite dos estudantes universitários brasileiros e da própria Tainá, gritando e me dando um monte de bolsadas na cabeça! Que porra louca! Tentaram me linchar! Ofendi todo mundo! Pô, Ana Julia é uma música boa sim! É um pop bem feito! Se não fosse, o "Seu Jorge" Harrison não teria gravado, né? Se ele não entende de música, quem entende? Me disseram depois que o tal Campelo se retirou do palco chorando, magoado, e o outro irmão mais novo dele, o nervosinho que imita o Paul McCartney, pulou do palco pra me bicar também. Do bem? Do bem é o cacete...

Aí, sinceramente, ainda prefiro o show do Camisa de Vênus...

Adolar Gangorra tem 65 anos, é editor do site humorístico www.adolargangorra.com.br e é filho único.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Orkut Fanfarrão

O Orkut tem seus momentos engraçados. No dia primeiro de abril, por exemplo, estava escrito Yogurt lá no canto superior esquerdo. Tinha uma sorte do dia que era bonitinha até: "In God we trust, all the others have to pay in cash" (algo como "Deus é Fiel, os outros têm que pagar em dinheiro")

Mas esses dias surgiu uma que achei ofensiva: Nós somos o que pensamos (só não pense que você é um super-herói e não tente voar)

Que besta... Isso é como aquelas piadas dos Looney Tunes que eram engraçadas quando tínhamos 6 anos, mas hoje são só movimentos bestas.

Eu não tenho nada contra piadas infantis, eu só acho que elas deveriam ser usadas para tal público, mas acontece que quem sabe ler e usa o orkut não tem mais 6 anos de idade, onde está o bom senso? É claro que é só a sorte do dia, mas as piadas ruins começam desde pequenas. Orkut é uma boa fonte de informação (e de pirataria de discos), mas me decepciona cada dia mais.

Post dedicado ao meu amigo Ciro que deu a sugestão.

P.S.: Post escrito às 3h08min da manhã, qualquer erro ortográfico e/ou gramatical será verificado quando eu tiver saco.

domingo, 9 de agosto de 2009

Twitter 3 - O Confronto Final

Mais um post rápido.

Quem acompanhou a discussão que tive com minha amiga twitteira Giulia (aqui e aqui) e tiver curiosidade sobre o assunto leia o texto do Walcyr Carrasco na Veja São Paulo dessa semana. Ele trata do assunto objetivamente, sem ofender esse que vos fala e cita os pontos positivos do serviço.

O texto não mudou minha opinião, mas teve muito mais fundamentos do que a crítica da Giulia que visava mais me atacar do que defender a opinião dela.

Ninguém para esse chororô!

Esse é um post curto, só pra chamar a atenção dos gambás e da porcada.

O meu tricolor abriu recentemente uma loja na rua mais classe AA de São Paulo, a Oscar Freire. O Corinthians (ou Curítia para os íntimos) vai abrir uma loja num dos shoppings mais "povão" da cidade, o Butantã. O Palmeiras tem um buraco que chamam de loja lá perto do Parque Antártica.

Pronto, terminem a equação.

sábado, 8 de agosto de 2009

Oinc! Oinc!


A gripe suína desde que apareceu, matou muitas pessoas, não é? Pois é, a TV Globo faz com que nós pensemos assim, mas se nós formos pensar, morrem mais motoqueiros por dia em São Paulo do que pessoas de gripe suína no Brasil em uma semana inteira.

Agora, por que as escolas tiveram de suspender as aulas? O contágio vai acontecer de qualquer jeito em algumas pessoas, não é? Então por que tirar as nossas aulas de agora pra colocar pra depois?

Não tem nenhum sentido.

E o pior, já que estamos de férias, por que eles mandam lições para que a gente faça e entregue no primeiro dia de aulas? Não parece meio injusto isso tudo?

No meu caso, por exemplo, as aulas começam dia 17, e como foram duas semanas que foram suspensas, agora nós teremos 5 sábados letivos para “tirar o atraso”. Eu me pergunto, “Que merda é essa?”.

Ah, gripe suína nem é uma ameaça assim tão grande para a saúde – tem a mesma taxa de mortalidade da gripe comum. As nossas aulas nunca foram adiadas por causa da gripezinha comum.

E além de nos fudermos agora, por termos lição durante as férias estendidas, teremos aulas de sábado. YUPI!

Tinha que ser coisa de argentino e mexicano.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Reflexão Ideológica do Dia

Essa vai pra galera simpatizante das idéias (com acento) vermelhas: O Comunismo tinha mais falhas do que a barba do Che Guevara.

Tá, eu sei que não tem nada a ver, mas eu tava sem idéia (com acento) e quis encher lingüiça (com trema).

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Meros Peões


Essa semana estive em Nova York (eu sei que não é assim que se escreve em português, mas foda-se.) e vi na rede de televisão americana CNN o escândalo produzido pelo presidente regente Barack Obama, que “xingou” a polícia nacional de “estúpida”.


Lá, o caso teve uma imensa repercussão, ainda mais que o presidente fez um anúncio no dia seguinte se desculpando e voltando atrás. Coitado dele, teve a magnífica idéia de arrumar as coisas com uma cerveja na Casa Branca – foi trucidado, dilacerado, maltratado, mal-falado, amaldiçoado e tudo mais que se possa ser (o que logo diz que ser presidente dos EUA deve ser uma merda, afinal é ser criticado TODO dia, a qualquer hora – sem exceções.).


Já um caso absurdo, acontecido em Sacramento, – no mesmo país – onde uma mãe matou o filho recém-nascido, esquartejou-o e comeu o cérebro, dedos dos pés e das mãos e outros órgãos não foi nem MENCIONADO em qualquer outra rede (vi no site do Terra mexicano.).


Fiquei a pensar como somos manipulados pela mídia (no sentido do senso-comum da palavra, não venham me encher o saco os chatos que moram pelo mundo). A maioria das pessoas só têm acesso ou só quer ter acesso à uma fonte de informações, que nos EUA normalmente é a CNN ou a CBS.


O caso do Obama não foi nem de perto tão grave quanto o da mãe maluca. Tenho que admitir que foi por pura sorte (ou má-sorte) que achei essa notícia absurda. E não me orgulho disso


A verdade, é que a mídia é de alguém e nós – meros mortais do mundo – só ficamos sabendo o que ELES querem que nós fiquemos sabendo. Sem mais nem menos, somos meros peões, sendo controlados por imensos jogadores de xadrez, que são donos de redes de televisão.


Isso me deixa realmente bravo, irritado, (sinônimos, eu sei) além de decepcionado, pelo fato de saber que sobre isso em particular, eu não posso fazer nada. Nenhum de nós pode, aliás.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Dia de comemoração

Estava eu, pobre e humilde editor desse blog, escrevendo um conto quando me deparo com uma janelinha pouco provável subindo do msn. Eis o conteúdo com meus comentários entre colchetes:

. Giulia Sobrosa disse (18:47):

Rapha, eu soh [sic] acho que antes de vc [sic] faze [sic] uma crítica a algo como o twitter e/ou crepúsculo [não lembro de ter criticado diretamente o Crepúsculo aqui, mas é uma boa ideia], vc [sic] deveria ver o pq [sic] as pessoas tem um twitter e/ou leem (QUE NÃO TEM MAIS ACENTO, ASSIM COMO ‘VEEM’ OU ‘VOO’) crepúsculo. =) [?] o mundo tem milhares janelas, parece que vc [sic] soh [sic] vê o que tah [sic] acontecendo da sua janelinha e nem se preocupa em olhar para os outros pontos de vista (nesse caso, literalmente) [Literalmente? Então eu deveria entrar no twitter e ficar vendo ele por baixo, por cima e pelos lados do monitor?]. E essa foi a minha nota rápida. Bjbj (afinal, eu tmb [sic] tenho direito de dar a minha opinião limitada sobre o meu ‘mundinho fútil e hipócrita’ )


Bom, depois do choque inicial eu cheguei a duas conclusões:


Primeira, as últimas palavras da moça, as que estão entre apóstrofos, mostram que a carapuça serviu.

Segunda e mais importante, concluí que as pessoas que lêem (com acento, porque só vai sair mesmo em 2013, até lá eu escrevo como eu quiser) o meu blog não são só membros da Elite Intelectual. Explico: essa foi a primeira crítica negativa que recebo em meses nesse blog, eu critico tudo e todos, cirtico a massa, mas só havia recebido congratulações e comentários de incentivo.

Eu nunca entendi isso, os meus tiros de veneno vão para as massas e as probabilidades recaíam sobre uma maioridade de ameaças de morte.
Mas hoje tive o prazer de ver que a massa começou a ler meu humilde blog e foi mais um incentivo para continuar cutucando as feridas da sociedade.

Obrigado, Giulia.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Não me siga, também estou perdido

Eu sei que demorei pra postar de novo, mas estive ocupado em outro país. Vamos ao que interessa:

A nova moda do brasileiro é Twitter, mas o que é o Twitter? Explico; o Twitter é um blog de ignorantes. É um serviço na internet onde os usuários colocam notas rápidas sobre o que estão fazendo no momento. Exemplo: To caganu, galera!

Eu achei que o ser humano havia chegado ao limite da autohumilhação quando fiquei sabendo do tal Crepúsculo, mas desde que descobri o famigerado Twitter eu vi que sempre podemos deixar o poço mais fundo. As relações sociais agora se fazem pelo intermédio de teclado, as pessoas não se vêem mais, agora elas conferem o Twitter do outro.

Qual é a graça disso? Qual é a graça de contar o que está fazendo no momento em que está fazendo para as outras pessoas? O que aconteceu com a boa e velha conversa casual pessoalmente ou até mesmo pelo telefone?

O telefone vai embora em breve, as cartas já se foram. A sociedade atual faria Darwin desistir de pesquisar a evolução. Um dia não veremos mais as pessoas em carne e osso, usaremos hologramas com janelinhas do twitter pulando. Twitter me enoja.

domingo, 31 de maio de 2009

Nota

O Raphão fez uma nota parecida assim que criou o blog, e eu achei que era necessário fazer a minha própria.

Eu estou aqui para escrever sobre as merdas das minhas idéias e sobre o que eu não concordo na merda da sociedade em que vivemos. Devo dizer para todos que lêem esse blog de dias em dias, que as críticas que vocês podem vir a fazer sobre mim não me afetam em nada, pois afinal esse é o meu intuito - que alguns imbecis me critiquem mais e mais.

A cada porra de crítica que eu receber, receberei como um elogio e vou continuar escrevendo cada vez mais.

As críticas pra mim significam que eu estou pegando exatamente aonde eu queria: na ferida das pessoas; falando sobre os assuntos que elas sabem que é verdade mas não querem admitir porque querem pensar que está tudo como se fosse no País das Maravilhas.

Só fiz essa pequena nota para que os que me criticam com o intuito de me fazer parar de escrever párem de criticar, porque se continuarem, mais eu escreverei.

Grato.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A falsidade afeta a todos nós


Quase todas as pessoas racionais nesse planeta criticam e ridicularizam a falsidade alheia, mas será que apenas “eles” são falsos?

Quem é que nunca ficou sabendo de uma reunião em família e disse “Ah, não! Aquele tio maldito vem?” e quando chega na cara do dito cujo, fala “Tiiio, a quanto teeempo? Tava com saudades já! Esqueceu de mim, foi?”.


É, caro amigo leitor. Todos nós já fomos falsos, pelo menos uma vezinha se quer.

Que tal aquele amigo, que sempre vem contar dos problemas dele, e você SEMPRE acaba ignorando e dizendo “É, eu entendo” ou então “Nossa, que merda...”. Quem nunca o fez que atire a primeira pedra.


Foi o que eu imaginei, nenhuma pedra foi atirada.


Por que as coisas ruins são apenas ridículas quando os outros fazem? Por que é que quando NÓS fazemos esse tipo de coisa, “era só uma coisinha sem importância” e quando os outros fazem é sempre o maior pecado do mundo?


A falsidade entre família é melhor ou pior do que a com amigos? Eu realmente não sei responder. Acho que ninguém sabe.


Fazemos todos parte de um imenso mundo povoado por HIPÓCRITAS, apenas isso. Não somos os bonitinhos, as feinhas, os roqueiros, os cults, os que não prestam, as cachorras; nem nada. Somos os Hipócritas.

domingo, 24 de maio de 2009

Notas rápidas (ou Semi-Plágio)


Hank Moody pode ser só um personagem de uma série, mas é um dos personagens mais complexos que já passou pela televisão. Ele é ao mesmo um porra-louca que transa com todas, mas também tem valores morais e familiares. É genial. Ele tem um blog na série que merece uma citação aqui por ser incrivelmente parecido com o nosso padrão:

"Coisas que eu aprendi pelas minhas viagens nessa coisinha louca chamada Vida: Primeiro, uma manhã com uma estranha é melhor do que uma noite de solidão. Segundo, eu provavelmente não vou entrar pra história, mas vou entrar na sua irmã. E terceiro, enquanto eu estiver lá, espero encontrar alguns pêlos. Não falo daqueles das Playboys dos anos 70, mas alguma coisa que me lembre que estou praticando cunilíngua numa adulta"

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Ok, terminado o momento Moody, voltamos com a nossa programação normal:

Alguém mais já percebeu que os nerds estão tomando conta das escolas? Eles agora se juntam em grupos cada vez maiores e estão invertendo a ordem natural das coisas. Explico: agora, ao invés de serem zuados por, por exemplo, jogarem RPG, eles zoam quem não joga RPG.

Eles também estão se tornando atletas, ficam pulando de um lado pro outro por aí seguindo a moda de sport-cult do Le Parkour, um dia teremos jogadores de futebol apanhando de nerds, não irá demorar. Anotem isso.

Pra completar, eles se juntam na casa de um e passam a noite em claro deduzindo fórmulas matemáticas. Isso está passando dos limites, arranjem uma vida, pessoal!

domingo, 3 de maio de 2009

USA vs. John Lennon


Estava pensando sobre John Lennon – o famoso ex- Beatle que foi assassinado pelo seu “fã”.


Dizem alguns que o cara era maluco, outros, dizem que só matou John porque a CIA o contratou para isso; John seria uma ameaça ao governo Nixon e a sua guerra sangrenta no Vietnã.


Alguém uma vez disse “Lennon representa a vida. Nixon e Bush, a morte”, isso é um fato comprovado. A minha pergunta é: Por que Nixon e Bush viveram o bastante, mas John foi covardemente assassinado?


Eu nunca fui um grande fã de John Winston Lennon, mas sempre admiti que ele fosse um ótimo músico – odeio entrar na vida pessoal dos músicos, o que eles fazem é problema deles. Realmente não me importo se ele injetava litros de heroína, ou se fodia o dia inteiro com a sua japonesinha sem-sal. O que eu ligo é para a música que os caras criam, que tem qualidade, todos nós sabemos disso.


Uma coisa que todos nós também devemos admitir é que John era realmente um símbolo da paz.


A teoria de a CIA ter contratado David Chapman para assassinar Lennon parece mirabolante? Se formos pensar a fundo, ela não é.


Sabemos como é o tipo de governo estado-unidense. É um governo que não aceita contras. Se John vivesse no século XXI, e defendendo os mesmos princípios, eu tenho certeza mais do que absoluta de que George W. Bush teria mandado alguém matá-lo.


Sinto pena de John, era um cara que tinha uma vida – o que pouquíssimos nesse mundo tem. Isso que ele tinha, foi a única coisa que tiraram dele, a fama, o dinheiro, a criatividade continuam por aí.


Voltando a um assunto ali em cima, a vida de John. Sim, eu odeio comentar sobre a vida dos músicos, mas nesse caso vejo uma necessidade para isso.


Nunca o conheci, obviamente. Mas sempre li o que diziam sobre ele, me interessava sobre isso. Todos os depoimentos sobre John Lennon que eu li em minha vida inteira diziam sempre a mesma coisa: que depois de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, John se transformou em uma pessoa totalmente diferente do que era. Ele ficou “nojento”, dizem que a fama subiu à sua cabeça.


Se David Chapman realmente o matou por causa do livro “O apanhador no campo de centeio”, esse foi o motivo.


Talvez eu odeie comentar sobre a vida pessoal dos músicos, por um só motivo: porque às vezes, eu vejo o que eles realmente são, Humanos. Eles não são deuses, como sempre digo, são apenas HUMANOS, que erram e acertam, são mesquinhos ou humildes. Talvez, ou talvez não. Quem sabe? Eu definitivamente que não.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

BuddyWhat?

Acho que todos que possuem uma conta no Orkut já viram o BuddyPoke, aquele simpático Eu Lírico digital que faz o que você mandar, se veste como você quiser e sente o que você sentir. Pera. Sente o que eu sentir?

Caralho, aquele bonequinho multicolorido não passa de um brinquedinho pra "interagir" com os outros BuddyPokes e não pra transmitir emoções. É engraçadinho ver ele chutando, cantando, tocando e dançando, mas é totalmente estúpido colocar ele como triste quando você estiver triste, feliz quando você estiver feliz e por aí vai.

Mudando de assunto, gostaria de agradecer pelas mais de 1100 visitas, cada uma delas é aquilo que me impulsiona e inspira a escrever mais. Falo isso pelo Leo também. Adianto que, em breve, teremos um novo escritor aqui, mas não vou dar nomes. Só digo que o rapaz é revoltado como e eu e provavelmente vai render boas risadas e discussões por aqui. Polêmica!

domingo, 26 de abril de 2009

Rebelde sem causa

Odeio quem sorri por tudo. Odeio quem chora por qualquer coisa. Odeio moedas. Odeio moedas de cinco centavos. Odeio filas. Odeio chuvisco. Odeio mormaço. Odeio boa parte dos taxistas. Odeio receber informação errada. Odeio emos. Odeio funk. Odeio andar na chuva de All Star. Odeio quem pisa em tênis branco. Odeio traição. Odeio desprezo e desprezo o ódio. Odeio a certeza da morte. Odeio religião. Odeio fanatismo. Odeio José de Alencar. Odeio professores. Odeio provas. Odeio o Brasil. Odeio você. Odeio ele. Odeio ela. Odeio o ódio.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amor? Vai pra lá!


Devo admitir que desde quando eu tenho alguns poucos anos de idade (não que eu tenha muitos hoje), que eu percebo que o amor está fora de “moda”.


Quantos de vocês aqui, lendo esse post, nunca foram “zoados” por estarem apaixonados, afim de alguém ou algo parecido? É uma pergunta retórica, o mais triste fato sobre o qual eu venho discordar, é de que amar é para os bobos, hoje em dia.


Ótimo, a primeira etapa foi ultrapassada – todos já foram zoados por causa do amor. Segunda etapa: o que é bacaninha, se afinal amar é para bobos?


Cá estou eu para responder.


O legal hoje em dia é: ser adúltero, que não dá o menor valor para sentimentos, “pegando” todas (os) as possíveis com o intuito de ser o maior “pegador” da turma.


E agora, por que isso me irrita tanto? Simples: qual é a moral das pessoas que se submetem a isso? O que elas podem dizer, sendo que se formos pensar de verdade, só estão usando o outro da mesma forma que o mesmo está usando o primeiro. Qual é o valor que as meninas tanto dizem ter, se elas beijam (quando a coisa não avança e elas não acabam num quarto, chupando o menino) qualquer um que tenha a cara-de-pau de chegar perto delas e agarrá-las?


O amor não deveria ser tão desprezado assim. Há séculos que o Homem discute sobre esse sentimento, sendo várias vezes chamado de “o mais nobre sentimento que um Homem pode ter”.


De fato, o amor é o mais nobre sentimento. Por quê? Todos amam, ricos ou pobres, brancos ou negros, homens ou mulheres – absolutamente todos os seres racionais, até o mais notório criminoso, tem o poder de amar alguém, um dia.


Pode parecer papo de vovó, mas não é. Só quero que as pessoas de cabeça pequena saibam de uma única coisa: quando vocês “zoam” uma outra, por ela estar apaixonada, devo dizer que a únicas que podem ser “zoadas” são vocês. Cresçam, virem gente: faça proveito daquilo que o Homem tem de melhor, o AMOR.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Leio o que quero, porra


Todos nós aqui já tivemos aula com aquela professora de português chata pra caramba, que além de dar aulas de 45 minutos que parecem durar dias, ou talvez meses, dava também livros CHATÍSSIMOS para que nós lêssemos.


Elas escrevem na lousa com toda a propriedade de sabe-tudo que elas têm (com acento) e mandam que nós compremos para certa data.


Tudo bem, todos nós pensamos. Chegada a “certa data”, a professora dá uma aula, mais chata do que todas as outras, lendo a merda do livro.


E quando a conversa sai dos trilhos e chegamos à uma discussão sobre o porquê de termos de ler aqueles livros que ninguém quer realmente ler, as respostas são as mesmas: “A gente só lê esses livros aqui, porque sem a minha ajuda, vocês não entenderiam e não gostariam dele.” Só que a velha não percebe: mesmo com a ajuda dela, entendo o livro perfeitamente – período histórico, ironias, tipo de escrita e tudo mais – ele continua sendo chato que nem merda de cavalo.


Agora, o que eu não me conformo, é que eu amo ler. De verdade. Mas gosto de entrar na livraria e escolher um livro pra ler, o qual a história do mesmo me agrade e que o modo do escritor desenvolver a trama me prenda a ele.


Achei uma solução há cerca de cinco ou seis anos: não leio livro nenhum do colégio. Ao mesmo tempo em que a velha vaca dá “Memórias de um Sargento de Milícias”, eu leio “As Revelações Picantes dos Grandes Chefs”.


Nós, amantes da leitura, deveríamos fazer um protesto e não ler nunca mais esses livros imbecis que ela nos manda. Só assim nós vamos conseguir ler apenas bons livros o tempo todo, a vida não seria muito melhor pra todo mundo?


Abaixo os livros cretinos nas aulas de Literatura.

Dia daqueles

Sabe quando você acorda de manhã, liga o chuveiro e não tem água quente, aí você vai escovar os dentes e o tubo da pasta tá entupido e quando você faz força, a pasta voa pro espelho ou pra sua cara? Tudo bem, você diz. Mas aí você vai fazer a barba e vai espuma pra dentro da sua orelha. Você reclama, xinga tudo e todos, sai do banheiro e vai se vestir, mas coloca a cueca ao contrário e só percebe depois de estar totalmente vestido. Merda, você pensa.

Você vai sair do quarto para preparar o seu café e tropeça num tênis qualquer que ficou jogado estrategicamente no meio do caminho. Você pensa que depois dessa série de eventos o seu dia só tende a melhorar, eis que você se lembra que as janelas estão abertas e está chovendo do lado de fora.

Na hora de preparar o café você abre a geladeira e encontra um pedaço muito atraente de bolo de chocolate na geladeira e resolve dar uma garfada, na quarta garfada a sua barriga se contrai e nunca um banheiro pareceu tão distante.

Esses infortúnios aconteceram e não era nem meio dia ainda. Você resolve ver um filme para relaxar, mas no clímax do longa o disco pára de rodar. A raiva sobe e sua única vontade é jogar a merda da TV pela janela, mas você conta até 10 e respira fundo.

Você vai jogar video game, não tem como um ato tão singelo dar errado, certo? Errado. A energia cai por alguns segundos. Nesses segundos o seu jogo é desligado contra a sua vontade e pior, você não salvou o jogo. Tanto progresso pra nada.

Sabe como é ter um dia desses? Eu sei.

domingo, 12 de abril de 2009

Muleques Piranha

Uma nova vertente dos playboys-emos-ratos-de-academia andou surgindo no fim do ano passado e hoje infecta quase todos os shoppings, baladas e escola. Eles se auto-denominam muleques-piranhas. Esse grupo foi criado, até onde sei, no Rio de Janeiro (onde mais?) e se espalharam pelo Brasil como bactérias crescendo em PG.

É ridiculamente fácil identificar um indivíduo dessa espécie, eles são evidentemente ricos, pois usam tênis Vans, camisas Abercrombie & Fitch e bonés importados com abas retas (Aba Reta, inclusive, é outra denominação desse grupo).

Mas apesar de todo o dinheiro, eles pensam que são do gueto. Sim, meus caros, eles pensam que sabem como é a vida na favela, fazem sinais de malandros, andam como malandros e ficam procurando briga. O irônico é que quando acham uma briga, eles pulam fora.

Eles são realmente engraçados, rebolam como moças em cima de amplificadores em baladas, brincam com aquelas bolas (huuumm) que ficam rodando e o mais legal: eles descolorem o cabelo... Parecem várias miniaturas de Belo rebolando em camisas regatas justas pela rua.

Para finalizar com uma última mostra da indecisão sexual deles, muitos desses indivíduos possuem álbuns no orkut com fotos de seus "comparsas" sem camisa. Eu rio. Rio muito.


P.S.: Depois de uma rápida pesquisa sobre esse grupo, encontrei a seguinte comunidade no orkut: PROSTITUTO E MULEQUE PIRANHA!!

Quem não quiser clicar (eu não clicaria) pode ter uma ideia a partir desse trecho da descrição: NA SEGUNDA EU TO COM A CARLA NA TERÇA TO COM A CRISTINA QUARTA FEIRA COM A CAROL QUINTA FEIRA COM A MARINA SEXTA FEIRA EU TO COM A BRUNA NO SABADO EU TO COM A VERA.. E NO DOMINGO EU TO COM TODAS ELAS E NO DOMINGO EU TO COM TODAS ELAS!! (sic)


P.P.S.: Um terceiro nome deles é Prostitutos. Vai entender...

sábado, 4 de abril de 2009

Primeiro de Abril, troxa!


Depois de 21 dias sem postagem, eu retorno para a alergia de todos. Vim falar do primeiro de abril... ok, está um pouco atrasado, mas eu pensei nesse post durante o 1/4 inteiro.

É engraçado como esse dia transforma as pessoas, quem é esperto fica normal, quem é normal fica bobo e quem é bobo vira um completo retardado. Piadas de todo tipo surgem por aí, a maioria é a maior frustração, outras conseguem arrancar um sorriso de canto de boca, mas nunca passa disso.

Todo mundo tem um amigo que fala: Cara, to com gonorreia... (pausa dramática) Primeiro de abril, troxa! O que é realmente engraçado nisso é que você não caiu na piada do infeliz e ele fica se achando o fodão.

As pessoas que são babacas por natureza conseguem ficar ainda mais irritantes. Qualquer coisa, QUALQUER COISA MESMO é motivo para gritar no final PRIMEIRO DE ABRIL!
Exemplo: Hey, seu tênis está desamarrado... Primeiro de Abril!

Falando sério, Primeiro de abril é uma merda.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Saúde, pra quê?


Hoje, eu li um texto durante o dia e o assunto sobre o qual o mesmo tratava me deixou muito pensativo.


Esse texto, falava sobre a construção do corpo humano, hoje em dia. Sobre o quanto as pessoas vão à academia e sobre o que elas estão preocupadas quando o fazem.


Alguém aqui, já pensou que antigamente (e quando eu digo antigamente, eu digo na Grécia antiga e na sociedade burguesa do séc. XIX) as pessoas se preocupavam sobre estética, mas por outros motivos?


Na Grécia antiga, por exemplo, um homem que tivesse o corpo bem “esculpido”, passava a mensagem de que ele cuidava do corpo tão bem quanto ele cuidava da mente e isso dizia que, ele podia se dedicar à política, já que era responsável.


Já no século XIX, os homens ricos se vestiam muito bem, para que ele fosse respeitado e considerado um homem honroso, de bom feitio, limpo e também que os seus negócios iam muito bem.


Mas hoje, as pessoas vão à academia pra quê? Pra esculpir os seus corpos, pra pegar mais minas (ou caras, dependendo de quem seja..), apenas e então somente isso. Se nós fôssemos pensar sobre o motivo de academia existir, todos concordaríamos que ela serve pra deixar mais saudáveis, aqueles que não têm como fazer esportes, mas precisam de uma boa saúde (como todos nós precisamos).


Agora, vamos pensar pra que a academia é usada hoje em dia. Ela serve para que as pessoas fiquem mostrando as incansáveis horas que passaram, se matando, pra fazer com que seus músculos fiquem mais volumosos, mostrando peles esticadinhas, sem nenhuma gordura.

Isso tudo tá muito errado, academia serve para ficar saudável, ou então porque se precisa, no caso de praticar algum esporte que necessite dos músculos fortificados.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A nossa unida sociedade



Todos nós aqui já vimos aquelas propagandas que passam na TV aberta em tempos de eleição, que falam do “povo brasileiro unido por um Brasil melhor” ou do “todos votando por um Brasil mais desenvolvido”.

Mas cá entre nós, o Brasil é realmente um país unido? Uma resposta curta e grossa: Não. Nenhum país no mundo é realmente unido, sempre há o mais rico, lutando por mais poder e o mais pobre, não querendo fazer porra nenhuma da vida e querendo também que o governo lhes dê “Bolsa Família” e esse tipo de programa financeiro.


Quem será que foi o ignóbil que pensou nessa frasezinha para a propaganda eleitoral? Ele deveria deixar o cargo, porque não tem o menor conhecimento sobre a sua sociedade nem sobre o mundo em que vive.


E aquela propaganda, pedindo que nós pensemos antes de votar, que investiguemos o candidato, ela realmente foi feita para que alguém a siga? Eu acho que não. Tenho que admitir que conheço um número razoável de pessoas e nenhuma delas que votou seguiu à risca o que a propaganda pedia.
Então se o cara que desenvolveu, porque não meteu o rabinho embaixo das pernas e não foi se foder, ao invés de fica gastando dinheiro dos impostos com propagandas sem resultado? E por que sempre deixam essa mesma propaganda passar na televisão, todos os anos?

Voltando ao assunto do “Brasil unido”, quem acredita realmente que quando o povo pobre precisar, os mais ricos vão ajudá-los? O único momento em que uma população se une, é quando os mais ricos querem uma mudança, uma revolução e precisam do apoio da massa, então vão buscar ajuda dos pobrezinhos com seus ternos Armani e seus sapatos Prada e quem sabe, seu relógio Rolex.


E os pobres, que não têm porra nenhuma na sociedade, pegam o pouco que lhes dão nesses momentos, essa é a única hora em que eles podem conseguir alguma mudança à seu favor.


(mas é lógico, existem exceções, como no caso de Fernando Collor, onde o Brasil todo se uniu e conseguiu depor o presidente.)


Quero ver alguém vir falar que o Brasil é um país unido.

quinta-feira, 5 de março de 2009

(Des)Emprego


Escrevi esse parágrafo pra aula de portu(gay)s na escola e resolvi colocar aqui tamanha a genialidade do texto.

O desemprego nos grandes centros urbanos vem aumentando significativamente. A crise econômica mundial deixada de herança pelo nada saudoso George W. Bush vem mostrando sua cara ao mundo e já deu pra ver que não é nada bonita. Quem anda na Wall St. nos dias de hoje encontra ex-yuppies esmolando e pedindo por subempregos de terno e gravata. E não é só na porta dos EUA que a crise bateu, parece que a "marolinha" do presidente Lula está se tornando um tsunami de proporções assustadoras para grande parte dos empresários, que foram obrigados a fechar seus empreendimentos deixando milhares (ou milhões?) de profissionais capacitados sem emprego. Só nos resta torcer para que Barack Obama faça jus ao hype criado em volta dele e realmente mostre mudanças consideráveis nos quatro, quiçá oito, anos de governo.

terça-feira, 3 de março de 2009

Patrimônio?



Já faz algum tempo, em um dia que eu não tinha absolutamente nada para fazer no computador e como uma busca contra o tédio, fui atrás das mais novas notícias do Brasil a fora.


Vi algumas notícias normais, como “jovem morre atropelado após festa” e outras do gênero catastrófico, mas apenas uma me chamou a atenção e fez com que eu tivesse a audácia de clicar no link e a lesse por completo.


A notícia era curta, porém me deixou bastante perturbado. Eu, que sou um ouvinte de “rock clássico” e outros sons que são considerados “bons”, li que o “funk carioca” estava perto de ser eleito um patrimônio cultural brasileiro.


Agora vamos tentar refletir sobre essa merda de notícia. O que esse tipo de música (se é que pode ser chamado assim) pode oferecer às gerações futuras e também àqueles que pretendem conhecer mais sobre o Brasil? Se formos todos analisar o funk a fundo, esse é apenas uma batida horrível, que é coberta com letras piores ainda e que têm apenas o intuito de colocar a mulher como um objeto sexual masculino, e o pior, todas elas gostam dessa bosta de “música”.


Nós, brasileiros, não somos muito bem-vistos por aqueles que nasceram em países um pouco desenvolvidos sem essa imensa mancha no patrimônio cultural, que mensagem vamos passar ao resto dos gringos que não nos conhece ainda? Que nós brasileiros concordamos com essa baixaria toda, simples assim.


Todos esses funkeiros que povoam esse Brasil podem vir me encher o saco, dizendo que “o funk é um tipo de música que só o Brasil possui; que é um dos únicos estilos musicais produzidos pelos brasileiros apenas”. Só posso dizer “Graças à Deus que somos os únicos nesse globo que compramos essa bosta e ouvimos na rádio (deixe-me esclarecer: estou generalizando apenas para não ter de ficar citando apenas aqueles que ouvem funk e ainda por cima, o Brasil é um país “unido”, não é? Mas a crítica à sociedade vem de uma próxima vez.).


Esse post foi feito enquanto eu escutava Led Zeppelin I, do Led Zeppelin (obviamente), boa música.